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um pitaco sobre o Amor.



O amor quando nasce não vê cara nem diferenças culturais; não vê cor ou crença. Duma simples amizade e, num toque de sensibilidade,  o amor, no embrião, começa dum papinho tolo que vai se espraiando pelo inconsciente. De repente, vem à tona em atos e atitudes. E dois corpos são atraídos como o aço e o ímã. E duas bocas se unem -- despretensiosas -- para dar vida ao jogo de sedução e se sentir tudo aquilo que estava invisível. Quanto à idade, com raras exceções, digo que há a seleção natural e a proporcionalidade... Enfim, é o Amor,  o sentimento que se explica sem muita explicação.


***

o outro, mas na verdade é ele mesmo!



o poeta é um fingidor
finge
sem sangrar
finge dor

o poeta é um fingidor
finge amar 
finge amor

o poeta é um fingidor
finge paz
finge guerra
finge ser outro
seja lá quem for


o poeta finge
finge que é poeta
poeta que é finge
:
é que poeta finge
de tudo um pouco
sensível
sofrível
indolor

passa pela vida
fingidor
dos versos que não versou
na alegria
no dissabor

finge o poeta
mas com a ideia certa
desconfia-se
sem falsa ignorância
sem pleonasmo
sem redundância
que a si mesmo
as palavras lhe dão vida
lhe fazem um favor








para os muitos que se dizem poetas,

digo:

"basta uma bola que até um coxo joga futebol"



***