AMOR
A vida é dócil proclamo
Mesmo que mãos violem o Éden
Ontem plantei um ramo
Refiz o tempo dos que precedem
***
AMAR
Amar é fuga do xilindró
Mas amor sem talento
Anseia o vil sentimento
Rasteja numa perna só
***
SAUDADE DELA
Sinto meu amor ocioso
Até 'ao vivo' ditoso te falar
Um dia te darei o sempre
Desvelado tão invulgar
Ainda que não me lembre
De saudoso te procurar
E meu melhor te entregar.
Desdenhe da vida anterior
Esmoreça o teu coração
Leia meus poemas de amor
Antes que virem ficção.
.................................................................
(1990)
Nenhum comentário:
Postar um comentário