como a banana
jogo a casca com um teco
atrás
um andarilho a recome com os olhos
penso
tem sempre alguém pior que eu na estrada
pois é
nos meus rolês
noto as grades das casas pintadas
circundadas de cercas elétricas
redutos de privacidade
de gente prisioneira da liberdade
os noias circulam feitos insetos na luz
uma ambulância
um camburão
tá tudo dominado
ninguém se garante nesse estado
sou tão zé-ninguém
que se malaco quiser me roubar
é bem capaz de me deixar um trocado
no mais
tô indo embora
tanta transformação banal
as mesmas cartas amarrotadas
de mão em mão
passadas
as mesmas cartas amarrotadas
de mão em mão
passadas
encalacrado
de tudo um pouco
corrompe-me
como o exemplo que vem lá de cima
lá do cerrado
...
aos órfãos igualitários
da segurança
bananas, ó
**
**