Também recorro à frieza tua
Em dias que não me acho
Deixo os prazeres na rua
Passo a a passo por que passo.
Será o iludir que não minto
O viés da vã alquimia
Que fez inodoro o absinto
E insípido o que eu sentia?
Passo a passo; por que passo
A reinventar a união
De corpos atados que se vão?
Não revelo e tu não sabes
Que o cúmulo d'alma carente
É o afã vazio dum corpo quente.
(2009)
*********