por que me emaranhar
em contendas vãs
ufanadas
se abro os olhos
no romper das alvoradas
e sinto-me vencedor?
-- por que vivo
e deixo viver
cada cabeça
com suas moradas.
por que durmo
o sono dos mansos
se do meu recanto
vejo tanta dor?
-- porque no dia
o que tenho de mais valia
é o meu pós-estupor
de aceitar sem preconceito
a paz
que está comigo por onde eu for.
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