era pra ser um soneto,
mas fiquei com preguiça de emendar.
teu vero amor são úmidas sementes
em meu olhar ao sol da montanha
sinto-te tal brisa nas correntes
abraçar-me marota tua manha,
brotam-me bramidos tão frementes
o passado triste não me arranha
o espinho de vis flertes carentes
que tive na mágoa tamanha,
desvio-me de olhares diferentes
fujo agora da armadilha estranha
sem forjar formas incoerentes
que no teu corpo uma feição ganha
se noto ocos n'almas querentes
de tudo que em ti gosto e me assanha
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