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atemporal.






no chã árido de plantas súbitas brota o verde empós dos temporais. 
o corpo frenético de um ser esquelético afunda lameado na derradeira miragem de um sol a moldar relevos paradoxais do tempo primaveril que, quanto mais nasce, mais morre a abstração futura na querência imensa de andares retroativos do presente mutável. 
há de se ludibriar ainda, pois o frescor d'água que o brinda tão efêmero é tão-somente o desejo, a volúpia, de um passo de cada vez do caminheiro
insatisfeito rumo ao horizonte metamórfico em que ele apenas passa sem se importar com seus descartáveis pensares: sinônimos do espelho que o molda.


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