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TRILHOS DE ESPERANÇA





Sofrer é coisa pouca
Se escuto o batidão
Da Maria Fumaça
Rompendo no sertão

Lenha na fogueira condutor
Traga ligeiro por favor
Mulatinha Joana
Pra cá, pra cá
Dentro da choupana
Desse caminhante
Boia fria retirante
Cortador de cana
Seco da seca tragar
Sem dó, sem dó
Da vida daqui voar
E triste olhar
Só pó, só pó
Na boca e nariz inalar
E se lavar
No açude d'água fria
Cristalina emoção
Do trem, do trem
Apitando na imensidão,
E vai, e vai
Lá se vai
Dormente para trás
E vai, e vai
Somente vai só
Até, até
Até o jaz
Do corpo comida de urubu
Que se vai no descaminho
Do amor dos amores
Mais doído
Que espinhada de mandacaru

Sofrer é coisa pouca
Se escuto o batidão
Da Maria Fumaça
Rompendo no sertão

Lenha na fogueira condutor
Traga ligeiro por favor
Mulatinha que não chegou

Sofrer é coisa pouca
Até a lágrima secou
Esperança é o batidão
Do trem, do trem
Do trem que passou

Quero encontrar
Quero encontrar
Mar d'água doce
Do nordeste rumo ao norte
No Amazonas chegar

Batuqueiro pega o pandeiro
Sanfoneiro abra o fole
De repente um "repente"
Presente no presente
Triângulo vira sino
Na cantoria
Fé cega desde menino
Lá vem, lá vem
Lá vem um canto
Que melhor seria
Se o trem, o trem
Indo e vindo
Todo meu sonhar
E um grande amor
Meu bem querer
A tanta gente traria
laiá-lá la-





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