Volte a sair sem rumo, sem ideia fixa.
Volte a conhecer pessoas no trajeto.
Volte a rir de teus passos desengonçados em danças
que você inventa na hora: seja um tolo feliz!
Volte a ver teus amigos esquecidos nos lapsos memoriais;
sim, aqueles antigos que inda falam de passagens deles e de seus
ancestrais...
Volte a se amar de uma forma que cause perplexidade
as más intenções de outrem e cause inveja às línguas soltas.
Volte a ser tudo aquilo que traga sossego pra tua alma.
Mas, por favor, não volte para as razões que te levaram
a esquecer de todas essas coisas.
Refute de vez a tristeza, o desamor, a falta de perspectiva,
e tenha compaixão daqueles que seguem no atoleiro
sem coragem de dar um passo atrás.
subsequentemente...
(há um horizonte intraduzível à frente, mas a águia
urbana ainda voa sobre a tempestade...)
(o amor, decantado em prosa e verso, virou uma teoria que poucos a decifram...)
***
***1990
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