a saracura ciscando no quintal
deve estar atrás de uma minhoca perdida
um besouro colorido
uma centopeia
moscas
mosquitos e seus semelhantes.
lá no brejo dela já não há mais guaruzinhos.
lá no brejo havia dezenas de saracuras.
hoje apenas há uma ou outra teimosa
e invasora de habitat.
no alto da árvore uma casal de rolinha
e um sabiá observam-na
tipo "deixemos a boba fazer o serviço pra nós"
falei pro meu cachorro:
tá vendo, antigamente eu também vivia em bando
a comida era farta
e todos vinham me visitar.
hoje só tenho você de companhia
quando a saracura notou eu e meu amigão
correu, voou e pulou o muro
e os expectadores da árvore seguiram-na.
novamente falei pro meu cachorro:
vamos entrar
vou escrever um poema
e recitá-lo pra você
espero que goste
afinal, estamos no mesmo barco.
****
Nenhum comentário:
Postar um comentário