Falo sobre aquela tristeza seca, sem lágrimas externas,
que sangra sem doer, invisível aos olhos de outrem.
Falo sobre algo indizível, capaz de definhar a gente, mas
nem eu e nem ninguém entende. Falo sobre o Amor não
correspondido a irromper no espaço-tempo, trazendo o
lamento de quem ama demais, mas jamais verá sua luz
na escuridão por que sofrem tantas almas em busca
da paz sentimental: o contra-veneno ao sentimento
que, ao virar apenas saudade, desfaz-se como
decalarações de amor em papel velho, biodegradável,
em lixões a serem soterrados e esquecidos.
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Não sei o porquê eu era a pessoa que olhava para trás
na hora da despedida. Talvez porque eu gostasse de
sofrer um pouquinho mais... Odeio despedidas, mas,
às vezes, elas são necessárias para deixar ir quem
você ama e respeita. Tem também aquela em que você
tem certeza de que nunca mais verá a pessoa, por isso,
guardo em mim as boas lembranças.
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Não existe fato mais triste do que duas pessoas que
se amam e, por algum motivo circunstancial, não
conseguem ficar juntas. Tipo eu e você. Precisamos
lutar mais e abrir mão desse comodismo infeliz
que a realidade nos impõe.
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Nem conheço quem diz que me conhece. Ninguém
é o que parece. Meu espelho é tão embaçado e nem
me vejo. Quem de mim fala é tão aluado que fala
do outro e de mim logo esquece.
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