Tenho que ser mais forte que o mal
O mal que inibe gerando a pífia paz
De um ato além do fato espiritual
Pra não ser fantoche de Satanás.
Tento ser alguém que a vida encara
Não vacilar, sair da tempestade à brisa,
Viver é a dor que ameniza e não sara
A cada pecado que meu ego profetiza.
Não sou digno, julgo, do bíblico perdão
Triste, desentendo minha infelicidade,
Mereço o castigo da paga em retidão
Buscando fé em resquícios de maldade.
Sem vaidade e sem arte busco o belo
Sem ilusão, bondade é força inerente
Da cruz vital, caminho ao último castelo
Onde só, se definha o último decente...
(1990)