sonetos de minha juventude
Basta que um arco-íris se desfaça
Pra eu entender o desencanto
De se passar pela vida sonhando
Pelo pão trabalhar sua massa
Basta um estranho que me sorria
Pra reflexivo eu ter tudo e o nada
Vindo-me o desmotivo pela jornada
Doutras faces que o sofrer amplia
Basta a pobreza destes cães ilhados
Medrosos da chuva estarem incapazes
À mercê do capitão serem chutados?
Basta sentir, construir o belo interior
Se meu universo são relances fugazes
Da guaia que comigo vai aonde eu for?
(1981)
Nenhum comentário:
Postar um comentário