dando voltas no tonel
de uma torneira
meu ponto de embriaguez
olho de mansinho à distância
e cerro os olhos no que já percorri
a vida é-me bandida
e em momentos de lucidez
vejo-te por aqui
meus giros
são movimentos repetitivos
meus gritos embargados
só os espíritos ouvem
apenas já não sei chorar
o que passou
choro pela mesmice de meus pensares
chora tudo ao meu redor
a única alegria que em mim persiste
é a de um dia esbarrar em ti
e a força de teu amor
resgatar-me para fora do círculo
e levar-me a mundos dormentes
de vívidas alegrias
de vívidas alegrias
que
depois de ti
tão longe se tornaram daqui.
***