no balanço das horas
sons da cidade
passos insistentes
sede de viver
correr à felicidade
pendente
manca
veloz
escondida
no abrir e fechar
das portas do caminho
no balanço das horas
um segundo
pode regrar o destino
se a cegueira
passageira
é o muro
a divisória
de cada lance de história
e os sons da cidade
são uma orquestra babilônica
fora do compasso
única
a cada ser ímpar
***