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panapaná.




"ora direis
que a leveza do voo da borboleta
sucumbe e desvia
num átimo
 a 'desalegria' 
da brutalidade dum ato
mais sensível que o piscar dos olhos..""
(Rehgge)




***




o que trago de ti
na parede memorial 
senão imagens de teu olhar ao revoar de borboletas
e o brilho dele sobre pequeninas coisas
que até hoje iludem-me a  grandes aspirações

o que trago de ti
são pensares migrantes de minhas fugas em liberdade
são lugares aonde dançamos aos luares passionais
despreocupados com a lassidão da lida
livres à sazão dos recomeços

o que trago de ti
senão tua paciência às minhas febris urgências
e tua loucura indomável pra me fazer feliz
a um triz das escolhas erradas que eu fazia

o que trago de ti
me vem como ondas bravias a chicotear as pedras
me vem como braços a nortear meus desejos
até eu esquecer que
depois de nós
meu cômodo viver é aceitar que te perdi

o que trago de ti
é o aroma de teu café
e o calor debaixo dos teus cabelos
e nossas brincadeiras sensuais à beira do fogão

o que trago de ti
a mais forte de todas as lembranças
(afloradas a mil miragens além da flor d'água)
é  a subjetividade de tua viagem
ao revoar colorido das borboletas

e
se um dia ainda contemplá-lo
vou imaginar que tu estás entre elas


***


















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