minha parede memorial
tem rachaduras por onde
vejo as primaveras
o menino que reside em mim
não sai mais pra brincar
até quando
de palavras construirei meus dias
se há muito perdi o dom de indignar-me
lá fora a besta-fera liberta
seduz meus medos
mas meu maior receio
é perder o compasso do tempo
é não ter mais a força
dos meus gritos escusos
pela liberdade inda gritar
ideias giram no eixo
risco de avião no céu
recolher a pipa
tal linha da vida
ja´nem nem sei o que é chorar
nuvens grafites
intercalam-se em minha cabeça
em pleno sol do meio-dia
recolho meus eus
iniludíveis
à escrita dum calhamaço em branco
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