ah, se inda me vejo
na pureza duma criança
que fazia festança
com as doces jujubas
no bolso da calça de algodão
ah, esforço em vão
piruetas que dei
que não voltarão,
ah, piruetas da vida
piruetas do meu coração!
ah, sala de ancestrais
já não me verei jamais
brincar na estação
já não corro pelo gramado
à sombra dos pinheirais
ah, se inda me vejo
feliz à vida
ladra deste desejo
roubar-te um beijo
nestes temporais
te daria as doces jujubas
que tenho guardado
no peito sangrado
em desencantos tais
em troca de teu sorriso
voltar eu preciso
aprendi machucado
a te amar mais e mais.
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