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neo jardins da babilônia.



a mão calejada desliza sobre o corpo untado, carbonizado entre os escombros.
os sinos dobram no alvor do dia. um cancioneiro paralítico paralisa a grande fila.
todos anjos insurgentes ancorados na visão do ultramar à espera dum novo segredo divino
para,  do pó, fincarem a cruz dos esquecidos e se projetarem a novos mundos destruídos 
por outros, de corações lacrados, sem plano de fuga do que outrora reinventaram.
pássaros em revoada, sob o céu chumbo, roubam os olhares do inferno terreno.
todos choram por dentro a visão do infinito e de como serão as flores suspensas na 
janela de almas sufocadas pela guerra e poluição dos corpos e das mentes...



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