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apontamentos de viagem 1




Nada é em vão. Nem mesmo a folha à flor d'água levada
pela corrente do rio. Sobre ela alguns insetos vivem sua epopeia.

(Rehgge)

Todas as cores dum horizonte imaginário.




Tentei te pôr num poema
As palavras fugiram
De mim senti pena

A página ficou em branco

Restou-me

Uma lembrança passadiça
Contida em meu pranto
Uma paleta de cores invisíveis
Em que crio frases sem nexo
A se dissiparem
Quando fecho os olhos
E repenso complexo
Quão pra mim és a mais bela
Se nosso amor é como o vento
O pensamento
Perpassando a mental cela
Tocando-me nesta vida extrema
Para além da mesma janela
Numa cotidiana cena
...
Concluo
Teu corpo dá corpo e cor
Teu corpo é o próprio poema.

(Rehgge, hoje)

Tipo eu.


Gosto de gente simples, que não foge de suas raízes, nem se ostenta com o suor e trabalho de outrem, e fica contente com quase nada.


***

farinha do mesmo saco!



A diferença entre um ladrão politico e um religioso, é que o politico quer seu voto para roubar; o religioso rouba através do voto. Ambos querem prosperidade e poder. Tudo em nome da fé. A fé que se deposita no político como um semideus; a fé que se deposita no religioso como extensão do Filho unigênito que liberta, pasmem!, através de suas oratórias, etc. 



***

Minha poesia.






Minha poesia vem do cortiço, da favela, do submundo das ruas escuras com seus bares e inferninhos. Minha poesia vem também de Pessoa, Quintana, Bandeira... e dos livros que nunca li, pois os mesmos cultuam um mundo inacessível no meu  imaginário já sem tempo para reflexões na pressa de viver. 


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Poema escrito há 8 séculos




"Morri mineral e tornei-me vegetal.
Morri planta e tornei-me animal.
Morri animal e tornei-me homem.
Morrerei como homem para elevar-me com os anjos abençoados.
E mesmo de anjo terei de passar;
e quando tiver sacrificado minha alma de anjo,
tornar-me-ei algo que nenhuma mente jamais concebeu."

Poeta persa.
Maulana Jalalal-Din Muhammad Balkhi
(1207, a.D.)

Poema escrito  há de 8 séculos


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